FRATURAS FACIAIS MANDIBULARES

Acidentes motociclísticos e traumas maxilares As fraturas de mandíbula são as mais frequentes envolvendo o complexo. Acidentes motociclísticos têm sido um dos principais responsáveis por fraturas mandibulares, nos quais, homens estão significativamente mais envolvidos do que mulheres. No Norte do Brasil, por exemplo, foi observado a incidência de traumas faciais cerca de 3,5 vezes maior em homens do que nas mulheres, onde, uma das prováveis explicações citadas foi a maior participação masculina em acidentes de trânsito. Resultados semelhantes foram encontrados no Nordeste do Brasil. Fraturas faciais afetam mais comumente: mandíbula; osso zigomático e nariz, as quais são as regiões mais expostas. no Sul do Brasil destaca que de um total de 1856 fraturas faciais ocasionados por acidentes de trânsito, os ossos do nariz foram os mais acometidos (33,4%), seguido da mandíbula (23,8%), complexo zigomático orbital (22,6%) e maxila (7,2%). Ressaltam que traumas maxilofaciais, como fraturas mandibulares, nasais e zigomáticas, estão associados, principalmente, acidentes motociclísticos, agressão física e quedas, o tipo de fratura varia de acordo com a anatomia, o local da lesão, além da magnitude e direção da força do impacto. As fraturas mandibulares são classificadas em relação à sua localização anatômica em: sínfise/parassínfise (30–50%), ramo horizontal (21–36%), ângulo (15–26%), ramo (2–4%), côndilo (20–26%) e processo coronoide (1–2%). (2019) observaram a prevalência de 15% das fraturas mandibulares presentes na região do corpo mandibular, com percentual abaixo apenas das regiões do ramo e do ângulo, por sua vez, constata a prevalência de 29,5% de fraturas no corpo mandibular em relação as demais áreas afetadas, a prevalência em comparação às regiões mandibulares comumente atingidas, ressalt-se ainda que, comumente, traumas faciais diferentes ocorrem simultaneamente, o que pode acabar dificultando o tratamento diagnóstico e tratamento da lesão. Adicionalmente o trauma maxilofacial está associado à deformação facial, impactos emocionais, perda de função e altos custos financeiros, desencadeando problemas que ultrapassam os limites da saúde do paciente e, por isso, o tratamento adequado é indispensável para o retorno das atividades normais do indivíduo que sofreu determinada lesão. O Tratamento de fraturas mandibulares O procedimento escolhido para tratar traumas mandibulares deve ser selecionado considerando características clínicas minuciosas da fratura e do paciente. O tratamento conservador é, por vezes, efetivo, proporcionando cicatrização dos fragmentos ósseos por meio de redução, fixação e estabilização, sendo este, o principal tipo de tratamento escolhido para tratar lesões mandibulares, reforçam a importância do entendimento da gravidade do trauma bem como da causa e do tempo de ocorrência da lesão para promover a prática clínica correta e a efetiva prevenção de complicações e agravamento do trauma. Existem casos em que procedimentos cirúrgicos são necessários para a redução e osteossíntese de fraturas, os quais, comumente, associam-se com práticas conservadoras como a instalação da barra de Erich para bloqueio maxilomandibular. Trabalhos ressaltam ainda que independentemente da abordagem escolhida, o acompanhamento do paciente, no intuito de averiguar possíveis queixas estéticas e/ou funcionais é essencial. A abordagem cirúrgica extra-oral se faznecessária devido ao grau de deslocamento da fratura e pode auxiliar de forma satisfatória a recuperação do paciente. Dentre as principais complicações pós-operatórias do método cirúrgico destaca-se a paresia do nervo marginal mandibular devido ao acesso cirúrgico utilizado, porém no caso o paciente evoluiu sem nenhum tipo de dano nervoso funcional. Ainda que de alta prevalência, complicações graves não são comuns no tratamento de traumas do seio frontal, as quais associam-se a traumas de maior gravidade. Para o tratamento dos traumas, cirurgia e atendimento hospitalar e/ou público são frequentemente utilizados conforme a necessidade do paciente. O uso da barra de Erich tem se mostrado eficiente para o tratamento individualizado, ou em conjunto com diferentes procedimentos, cirúrgicos ou não, tendo papel essencial na estabilização da fratura. A utilização da barra de Erich se faz essencial para a estabilização da fratura mandibular do paciente, auxiliando de forma satisfatória este processo para o tratamento do paciente em questão para posterior fixação com placas de titânio. No Estado de Alagoas, um caso clínico demonstrou que a interligação das áreas da Odontologia foi imprescindível para a eficácia do tratamento do paciente, englobando as áreas de cirurgia, endodontia, dentística, periodontia, reabilitação oral e restauração. É notório que o rápido e correto diagnóstico é essencial para indicar o tratamento mais adequado a cada caso, todavia, a utilização de áreas e abordagens diferentes pode auxiliar o tratamento do paciente, proporcionando-o uma rápida recuperação.